Câncer de pele

PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 07

O câncer da pele compreende neoplasias que podem apresentar diferentes linhagens. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos de câncer da pele, o carcinoma epidermoide, com 25% dos casos, e o melanoma, detectado em 4% dos pacientes.

O câncer da pele é o tipo mais frequente entre os tumores malignos registrados no Brasil, correspondendo a cerca de 25% dos casos, contudo, quando detectado precocemente, apresenta alto percentual de cura.

Entre os fatores de risco para câncer da pele, encontram-se: a pele clara sensível a radiação ultravioleta, a exposição excessiva ao sol, as condições climáticas (clima tropical e clima em altitudes muito elevadas), a história familiar e pessoal para a doença, a exposição a diversas substâncias químicas, entre as quais situam-se os agrotóxicos, sobretudo os herbicidas.

Especificamente para o câncer da pele melanoma, a literatura aponta como fatores de risco, além de fortes evidências para a radiação ultravioleta, evidências para o agente laranja (mistura dos herbicidas 2,4-D e o 2,4,5-T), o formaldeído (um gás normalmente utilizado em solução aquosa a cerca de 37% em massa (formol ou formalina), utilizado para conservação, em esterilização, para fins industriais e cosméticos), o clorofluorcarbono (gás CFC que prejudica a proteção contra a radiação), os HPA ou hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (grupos de anéis benzenicos encontrados no alcatrão, são substâncias que resultam da combustão de uma variedade de produtos como coque, óleo diesel e cigarros, estando presente na poluição do ar), o bifenilpoliclorinado (uma classe de compostos clorados que foi muito usada em transformadores, condensadores e outros equipamentos elétricos) e os agrotóxicos (herbicida paraquat ou gramoxone, arseniato de chumbo e organoclorados), fuligens de chaminés e drogas antineoplásicas (Azathioprine e Ciclosporin).

O foco da prevenção para o câncer da pele deve centrar em evitar a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado, é necessária a utilização de proteção como chapéu, guarda-sol, óculos escuro e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais. Nas atividades ocupacionais, pode ser necessário reformular as jornadas de trabalho ou a organização das tarefas desenvolvidas ao longo do dia.