ASFIXIANTE SIMPLES

PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO –  130

Uma atmosfera deficiente em oxigênio (O2) é definida como aquela com uma pressão pO2 menor do que 132mm de mercúrio. O mínimo requerido de 19,5% de oxigênio ao nível do mar (148mm de mercúrio de O2, em ar seco) fornece uma quantidade adequada de oxigênio para a maioria dos trabalhadores e inclui uma margem de segurança. Estudos de fisiologia pulmonar sugerem que o requisito acima fornece um nível adequado da pressão de oxigênio nos pulmões (pressão alveolar pO2 de 60mm de mercúrio).

Alguns gases e vapores, a exemplo do Acetileno (CAS: 74.86-2), Arsina (CAS: 7784.42-1), Etano (CAS: 74.84-0), Etileno (CAS: 74.85-1), Hélio (CAS: 7440.59-7), Hidrogênio (CAS: 1333.74-0), Metano (CAS: 74.82-8), Neônio (CAS: 7440.01-9), Óxido Nitroso (CAS: 10024.97-2, Propano (CAS: 74.98-6), Propileno (CAS: 115.07-1) entre outros, quando presentes em altas concentrações no ar, agem primariamente como um asfixiante simples, sem outros efeitos fisiológicos significativos. Não pode ser atribuído um Limite de Tolerância (L.T.) para uma concentração no ar por via respiratória a um asfixiante simples, uma vez que o fator limitante é o oxigênio disponível.

Atmosferas deficientes em O2 não fornecem nenhum aviso adequado, a maioria dos asfixiantes simples é inodora. Por causa desse fator, deve ser limitada a concentração do asfixiante, particularmente em altitudes superiores a 1.524 metros, nas quais pressão de oxigênio é menor do que 120mm de mercúrio. Muitos asfixiantes simples apresentam risco de explosão.