BOLETIM TÉCNICO – 133
PREVINA-SE
A Portaria nº 6.730, de 9/03/2020 entrará em vigor em 09/03/2021, e assim registra:
“1.2.3 – Cabe à autoridade regional competente em matéria de trabalho impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
1.5.3. Responsabilidades
1.5.3.1. A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de riscos ocupacionais em suas atividades
1.5.3.1.1. O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR”.
Importante destacar que o PGR está previsto na “nova” NR-09 – AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS, com Redação dada pela Portaria nº 6.735 de 10/03/2020, conforme segue:
9.1.1. Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.
A ausência do controle dos RISCOS OCUPACIONAIS além de gerar multas pelo descumprimento da Lei, contribui negativamente no êxito em processos trabalhistas pleiteando o pagamento dos adicionais de Insalubridade e Periculosidade.
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BOLETIM TÉCNICO – 132
1- Doença infecciosa
A COVID- 19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS – CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID- 19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de (20%) dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldades respiratórias e, desses casos, aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).
2- Sintomas
Os sintomas da COVID -19 podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:
3- Transmissão
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:
4- Proteção
As recomendações de prevenção à COVID- 19 são as seguintes:
BOLETIM TÉCNICO – 131
Fórmula: C2H5OH
Sinônimos: Álcool etílico; hidróxido de etila; álcool de grãos; hidrato de etila; bebida alcoólica purificada; algrain; álcool absoluto; metil carbinol.
CAS: 64.17-5
Ponto de Fulgor (vaso fechado): 12,7ºC
USO E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O etanol é usado principalmente como solvente, um importante solvente industrial para resinas, vernizes, produtos farmacêuticos, preparações para produtos de toalete e agentes de limpeza na produção de matérias primas para cosméticos, perfumes, drogas e plastificantes; como um anti-congelante; como aditivo para combustíveis automobilísticos; e desde tempos antigos na fabricação de bebidas. A sua via de penetração no corpo é principalmente através do consumo de bebidas. É formado pela fermentação natural do milho, da cana de açúcar e de outras plantações.
POSSÍVEIS RISCOS À SAÚDE
A toxicidade do etanol é muito menor do que a do metanol ou do propanol. Entretanto, a literatura sobre o assunto é muito maior do que aquela de quaisquer outros álcoois. Os danos à saúde decorrem mais da ingestão e menos de inalação.
A inalação de vapores de álcool pode resultar em irritação dos olhos e das mucosas. Isso pode acontecer em uma concentração alta de 5.000 a 10.000ppm. A exposição pode causar estupor, fadiga e sonolência.
Não há registro da ocorrência de cirrose causada pela inalação.
A toxidade do etanol é aumentada na presença de compostos como os barbitúricos, monóxido de carbono e mercúrio metálico.
LIMITES DE TOLERÂNCIA
INSALUBRIDADE – PORTARIA Nº 3214/78 DO MTE
Limite de Tolerância: 780ppm/1480mg/m³ (para uma jornada de até 48horas/semana)
Limite de Exposição – Exposição de Curta Duração (TLV-STEL): 1000ppm
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BOLETIM TÉCNICO – 130
Uma atmosfera deficiente em oxigênio (O2) é definida como aquela com uma pressão pO2 menor do que 132mm de mercúrio. O mínimo requerido de 19,5% de oxigênio ao nível do mar (148mm de mercúrio de O2, em ar seco) fornece uma quantidade adequada de oxigênio para a maioria dos trabalhadores e inclui uma margem de segurança. Estudos de fisiologia pulmonar sugerem que o requisito acima fornece um nível adequado da pressão de oxigênio nos pulmões (pressão alveolar pO2 de 60mm de mercúrio).
Alguns gases e vapores, a exemplo do Acetileno (CAS: 74.86-2), Arsina (CAS: 7784.42-1), Etano (CAS: 74.84-0), Etileno (CAS: 74.85-1), Hélio (CAS: 7440.59-7), Hidrogênio (CAS: 1333.74-0), Metano (CAS: 74.82-8), Neônio (CAS: 7440.01-9), Óxido Nitroso (CAS: 10024.97-2, Propano (CAS: 74.98-6), Propileno (CAS: 115.07-1) entre outros, quando presentes em altas concentrações no ar, agem primariamente como um asfixiante simples, sem outros efeitos fisiológicos significativos. Não pode ser atribuído um Limite de Tolerância (L.T.) para uma concentração no ar por via respiratória a um asfixiante simples, uma vez que o fator limitante é o oxigênio disponível.
Atmosferas deficientes em O2 não fornecem nenhum aviso adequado, a maioria dos asfixiantes simples é inodora. Por causa desse fator, deve ser limitada a concentração do asfixiante, particularmente em altitudes superiores a 1.524 metros, nas quais pressão de oxigênio é menor do que 120mm de mercúrio. Muitos asfixiantes simples apresentam risco de explosão.
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BOLETIM TÉCNICO – 129
NR-09
A Portaria nº 6.735, de 10/03/2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, registra nos seus 4 artigos:
Art. 1º – A Norma Regulamentadora nº 09 (NR-09) – Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos passa a vigorar com a redação constante do Anexo I desta Portaria.
Art. 2º – Determinar que a Norma Regulamentadora nº 09 seja interpretada com a tipificação de NR Geral.
Art. 3º – Na data de entrada em vigor desta Portaria, fica revogado o art. 1º da Portaria SSST nº 25, de 29 de dezembro de 1994.
Art. 4º – Esta Portaria entra em vigor 1 (um) ano após a data de sua publicação.
Pelo texto legal da “nova” NR-09, deverá ser realizada análise preliminar das atividades de trabalho e dos dados já disponíveis relativos aos agentes físicos, químicos e biológicos, a fim de determinar a necessidade de adoção direta de medidas de prevenção ou de realização de avaliações qualitativas ou, quando aplicáveis de avaliações quantitativas.
Também determina que os resultados das avaliações das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos devem ser incorporados ao inventário de riscos do PGR – PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS, documento este previsto na Portaria nº 6.730, de 09/03/2020.
Ao que tudo indica o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – GRO de responsabilidade da organização é o marco da saída do PPRA “faz de conta” para o verdadeiro comprometimento do capital com a gestão de Saúde e Segurança do Trabalho – SST.
]]>BOLETIM TÉCNICO – 127
De acordo com as instruções contidas no Guia de Recolhimento do FGTS e informações à Previdência Social GFIP, verifica-se que para o correto preenchimento do campo – Ocorrências, devemos empregar os seguintes códigos:
Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir, conforme o caso:
(em branco) – Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto;
01 – Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto;
02 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);
03 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);
04 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho);
Não devem preencher informações neste campo as empresas cujas atividades não exponham seus trabalhadores a agentes nocivos.
O código 01 somente é utilizado para o trabalhador que esteve e deixou de estar exposto a agente nocivo, como ocorre nos casos de transferência do trabalhador de um departamento (com exposição) para outro (sem exposição).
Para os trabalhadores com mais de um vínculo empregatício (ou mais de uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir:
05 – Não exposto a agente nocivo;
06 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);
07 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);
08 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).
Exemplo: Um segurado trabalha nas empresas “Refinaria A” e “Comercial B”. Na empresa “A”, está exposto a agente nocivo que lhe propicia aposentadoria após 15 anos de trabalho, enquanto que na empresa “B”, não há exposição a agentes nocivos. Na GFIP da empresa “A”, o empregado deve informar o código de ocorrência 06, ao passo que na empresa “B”, o código de ocorrência deve ser o 05.
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BOLETIM TÉCNICO – 123
Isocianatos orgânicos são compostos que contêm o grupo isocianato – N=C=O ligado a um grupo orgânico. São ésteres do ácido isociânico HNCO. Formam polímeros que são comumente chamados de poliuretanos, de grande aplicação comercial.
Estes compostos são altamente reativos por causa da alta insaturação no grupo funcional isocianato. Eles passam por reações de adição às ligações duplas de carbono-nitrogênio.
POSSÍVEIS RISCOS À SAÚDE
A maioria dos isocianatos é nocivo à saúde. Eles causam lacrimejamento e irritação da pele e mucosas. O contato com a pele causa urticária, eczema e escurecimento leve. A inalação de vapores de isocianatos pode causar reações alérgicas semelhantes às da asma com sintomas que variam desde dificuldades respiratórias a ataques agudos e perda repentina da consciência.
São muitos variados os graus de toxicidade dos isocianatos. Enquanto que o isocianato de metila é altamente tóxico, o diisocianato de diciclohexilmetano tem uma ação moderada. Além disso, os riscos à saúde diferem significativamente dependendo da via de exposição.
Embora o isocianato de metila cause graves danos à saúde, outros isocianatos alifáticos são relativamente menos perigosos e a intoxicação causada pela sua inalação aguda é muito mais baixa do que aquela causada pelos vapores e partículas dos diisocianato aromáticos. Também, esta última classe de compostos, apresenta uma toxidade por inalação muito maior do que aquela proveniente dos monoisocianatos aromáticos.
Por outro lado, os isocianatos alifáticos apresentam uma toxidade aguda oral maior do que aquela dos diisocianatos aromáticos. A classe de isocianatos, na sua totalidade, causa intoxicação, principalmente através da inalação. Embora a toxidade diminua com o aumento do comprimento da cadeia de carbono, isto não é essencialmente verdadeiro, pois que muitas anomalias podem ser encontradas com relação aos isocianatos alifáticos substituídos.
SEGURANÇA E MANUSEIO
Os isocianatos que têm alta pressão de vapor deverão ser manuseados cuidadosamente em local bem ventilado e equipado com um sistema de exaustão apropriado.
Devem ser usadas roupas de proteção, óculos de segurança, luvas e máscaras respiratórias quando da manipulação de isocianatos altamente tóxicos. Deve-se utilizar equipamento de respiração artificial quando for manusear produtos em altas concentrações.
No caso de uma intoxicação, recomenda-se o uso de um broncodilatador. Pode-se dar oxigênio nos casos de taques agudos. Lave a pele afetada com grandes quantidades de água.
ISOCIANATOS ORGÂNICOS
CAS: 62483-9
Sinônimos: MIC; ester metílico do ácido isociânico; isocianatometano.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O isocianato de metila é usado principalmente na fabricação de pesticidas e herbicidas como o cabaryl e o aldicarb. É também usado, mas em menor proporção, na produção de plásticos e espumas de poliuretano. Atribui-se ao isocianato de metila a morte de mais de 3000 pessoas em Bhopal, Índia, em um trágico acidente industrial na década de 80.
CAS: 584-84-9
Sinônimos: tolileno 2,4-diisocianato; 2,4-diisocianato de tolueno; tolueno diisocianato (TDI); 4-metil fenileno diisocianato; 4-metil-m-fenileno éster do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O tolueno 2-4diisocianato é um dos isocianatos mais extensivamente usados. É utilizado na produção de espuma de uretano rígida e flexível, elastômeros e revestimentos. Além da sua aplicação na forma pura, está disponível no mercado um composto contendo os insômeros 2,4- e 2,6 (nas proporções de 80:20% e 65:35%, respectivamente).
CAS: 822-06-0
Sinônimos: 1,6 diisocianatohexano, 1-6-diisocianto de hexanodiol, hexametileno éster do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O hexametileno diisocianato (HDI) é usado para a produção de espuma de poliuretano e revestimentos especiais de alta qualidade.
CAS: 101-68-8
Sinônimos: metilenobis (4-fenileno isocianato); bis(para-isocianatofenil) metano; bis(1,4-isocianatofenil)metano; 1,1’-metileno-bis(4-isocianatobenzeno); metileno di-para-fenileno diisocianato; di-para-fenileno éster metileno do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O difenilmetano 4,4’-diisocianato (MDI) é largamente usado na fabricação de produtos de espuma de uretano rígidos, revestimento e elastômeros.
CAS: 5124-30-1
Sinônimos: bis(4-isocianatociclohexil)metano; metilenodi-4,1-ciclohexileno éster do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O bis(4-ciclohexilisocianato) de metileno é usado na produção de espuma de uretano com estabilidade de cor.
CAS: 111-36-4
Sinônimos: isocianatobutano; butil éster do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O isocianato de n-butila é usado como um agente de acilação na reação Friedel-Crafts para produzir amida.
CAS: 4098-71-9
Sinônimos: 3-isocianato metil-3,5,5-trimetil ciclohexilisocianato; 5-isocianato-1-(isocianatometil)-1,3,3-trimetilciclohexano; (3,5,5-trimetil-3,1-ciclohexileno) metileno éster do ácido isociânico.
USOS E RISCOS DE EXPOSIÇÃO
O isoforona diisocianato (IPDI) é usado na produção de revestimentos de alta qualidade, tintas de poliuretano, vernizes e como um elastômero para substâncias usadas em moldagens.
CAS: 109-90-0
Sinônimos: isocianatoetano, etil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Moderadamente tóxico através da inalação e da absorção pela pele; DL50 intravenosa (camundongos): 56mg/kg; rotulação do DOT: Veneno, ONU 2481.
CAS: 110-78-1
Sinônimos: isocianatopropano, propil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Moderadamente tóxico, o efeito da intoxicação é semelhante àquele causado pela isocianato de etila; DL50 intravenosa (camundongos): 56mg/kg; rotulação do DOT: Veneno, ONU 2482.
CAS: 1795-48-8
Sinônimos: 2-isocianatopropano, isopropil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Moderadamente tóxico, sintomas tóxicos semelhantes àqueles causados pelos isocianatos alifáticos de menor cadeia de carbono; não há registro da DL50; rotulação do DOT: Veneno, ONU 2483.
CAS: 1476-23-9
Sinônimos: alil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Causa lacrimejamento, irrita a pele; moderadamente tóxico; DL50 intravenosa (camundongos) 18mg/kg.
CAS: 103-71-9
Sinônimos: carbamil fenil carbonimida, isocianatobenzeno; fenil éster do ácido isociânico; Mondor.
TOXICIDADE
Irrita os olhos, pode causar lacrimejamento; toxicidade baixa através da inalação e pela via oral; DL50 oral (ratos) 950 mg/kg; rotulação do DOT: Veneno B, ONU 2487.
CAS: 4461-33-0
Sinônimos: benzoíl éster de ácido isociânico.
TOXICIDADE
Irrita os olhos; não há registros disponíveis de dados sobre a toxicidade.
CAS: 58149-28-31
Sinônimos: 3-isocianato-1,2,4,5-tetrametilbenzeno.
TOXICIDADE
Apresentou toxidade variando de baixa a moderada em animais de laboratório; DL50 intraperitonial (camundongos): 83mg/kg.
CAS: 123-61-5
Sinônimos: m-fenileno diisocianato, 1,3-diisocianatobenzeno, m-fenileno éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Toxicidade variando entre moderada e alta; via de intoxicação: inalação; não há dados disponíveis da DL50, em seres humanos. Os sintomas tóxicos agudos podem ser bronquite, sibilação peito congestionado e edema pulmonar – semelhante a outros isocianatos aromáticos; toxicidade oral baixa; DL50 intravenosa (camundongos): 5,6mg/kg; limites de tolerância: TLC-TWA (relativo ao diisocianato) 0,0327mg/m3 (0,005 ppm), máximo 0,13mg/m3 (0,02 ppm)/ 10 min (NIOSH).
CAS: 3173-53-3
Sinônimos: isocianatociclohexano, ciclohexil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Toxicidade variando entre moderada e alta em cobaias nas administrações pelas vias intravenosa e intraperitonial; não há dados sobre a toxicidade por inalação; DL50 intraperitonial (camundongos): 13mg/kg; rotulação do DOT: Veneno B, ONU 2488.
CAS: 104-12-1
Sinônimos: p-clorofenil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
É altamente venenoso quando vapores ou particulados são inalados; em seres humanos, os sintomas tóxicos são característicos dos isocianatos aromáticos observados na exposição a 40mg/m3 (0,16 ppm) por 1 minuto; LCLO (camundongos): 40 mg/m3; toxicidade pela via oral baixa; o contato com a pele ou com os olhos pode causar irritações grave; não há limites de tolerância estabelecidos, é recomendado um TLV-TWA de 0,005 ppm (0,031 mg/m3).
CAS: 102-36-3
Sinônimos: 3,4-diclorofenil éster de ácido isociânico.
TOXICIDADE
Moderadamente tóxico em cobaias através da inalação; a exposição a 18 ppm (140 mg/m3) por 2 horas foi fatal para camundongos na sequência de irritação das vias respiratórias e lesão dos pulmões; não há dados relatados da toxicidade em seres humanos.
CAS: 505-12-4
Sinônimos: 2-fluoroetil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Apresentou-se toxicidade entre moderada e alta em camundongos quando administrado por via intraperitonial; DL50 intraperitonial (camundongos) 17 mg/kg.
CAS: 407-99-8
Sinônimos: 3-fluorobutil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Mais tóxico do que o Isocianato de fluoretilda; DL50 intraperitonial (camundongos): 10 mg/kg.
CAS: 353-16-2
Sinônimos: 4-fluorobutil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Altamente tóxico quando administrado intraperitonialmente a camundongos; DL50 intraperitonial (camundongos): 4,7 mg/kg.
CAS: 1195-45-5
Sinônimos: 4-fluorofenil éster do ácido isociânico.
TOXICIDADE
Irrita os olhos; não há dados disponíveis da toxicidade.
INSALUBRIDADE
A Portaria nº 3214/78 do MTE em sua NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, anexo nº 13, assim registra.
AGENTES QUÍMICOS
HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO
Insalubridade de grau médio
Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas, dedesmodor e desmofem, lacas de dupla composição, lacas protetoras de madeiras e metais, adesivos especiais e outros produtos à base de polisocianetos e polivvetanas).
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BOLETIM TÉCNICO – 122
O fosgênio (CAS: 75.44.5) apresenta-se no estado gasoso e obtido pela ação do calor sobre o tetracloreto de carbono ou sobre qualquer hidrocarbonato clorado.
É usado como descorante, na fabricação do tetracloreto de carbono, do metil violeta e de diversas tintas.
Absorção por inalação é a única via de entrada que, uma vez no organismo, origina ácido clorídrico por um processo de hidrólise.
Quadro Clínico
Na intoxicação aguda: Após 24 horas da exposição provoca:
Irritação das vias respiratórias (traquéia, brônquios, lobos pulmonares) seguido de dispnéia, queimação da garganta, aperto e opressão torácica, cianose, edema agudo do pulmão e óbito por insuficiência cardiorrespiratória. Cronicamente e como sequelas ocasiona enfisema pulmonar, bronquiectasias e corpulmonale.
LIMITE DE TOLERÂNCIA (L.T)
Portaria nº 3214/78 – MTE – NR – 15 Anexo Nº 11
QUADRO Nº 1
Agente químico |
Valor teto |
Absorção também p/ pele |
Até 48/semana ppm* mg/m³** |
Grau de insalubridade a ser considerado no caso de sua caracterização |
Fosgênio | – | – | 0,08 0,3 | Máximo |
*ppm – partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.
** mg/m³ – miligramas por metro cúbico de ar.
American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – 2017)
LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL (TWA)
Fosgênio (75.44.5) (1992) ……………………………………………………… 0,1 ppm
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BOLETIM TÉCNICO – 94
O benzopireno (CAS: 50-32-8) é um hidrocarboneto aromático, que é um grupo de compostos que possui pelo menos um anel benzênico ou núcleo aromático. Mais exclusivamente, ele faz parte de um grupo denominado de HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), que possuem dois ou mais anéis aromáticos condensados. No caso do Benzopireno, são cinco anéis condensados.
Assim como a grande maioria dos HPAs, o benzopireno é comprovadamente agente carcinogênico e mutagênico, o que significa que ele é capaz de reagir com nosso DNA e interferir na reprodução celular.
Essa substância é lipofílica, isto é, é solúvel em gorduras, fator que facilita ele ser absorvido pela pele, por ingestão ou por inalação e ser rapidamente distribuído pelo organismo.
O benzopireno é liberado na combustão da hulha e no tabaco, sendo encontrado no alcatrão da fumaça do cigarro. Por isso, ele tem sido relacionado ao desenvolvimento dos cânceres de laringe, boca, pulmão, bexiga e pâncreas em fumantes.
Infelizmente, porém, mesmo quem não é fumante não está livre do risco de absorver essa substância. Isso acontece porque ele e outros hidrocarbonetos aromáticos são formados em combustões incompletas e estão presentes na água, solo e atmosfera.
Para citar um exemplo, carnes grelhadas e peixes defumados possuem esses HPAs, que são provenientes tanto da queima do carvão quanto da queima da própria carne, que é basicamente proteínas e gorduras. Frituras também são perigosas nesse sentido, pois a queima do óleo produz tais compostos.
Para se ter uma ideia do quanto o benzopireno é um potente agente cancerígeno, o simples contato de uma camada sua com uma região sem pelos na pele de ratos pode provocar o câncer.
A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:
AGENTES QUÍMICOS
“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.
OPERAÇÕES DIVERSAS
Insalubridade de grau máximo
Operações com as seguintes substâncias:
– Benzopireno.
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BOLETIM TÉCNICO – 64
INTRODUÇÃO
As nitrosaminas foram descobertas há mais de um século. Todavia, apenas a partir de 1956 passaram a merecer uma maior atenção depois que dois cientistas ingleses, John Barnes e Peter Magee, terem descoberto que uma nitrosamina – a nitroso dimetil amina provocava tumores no fígado de cobaias. No prosseguimento da sua investigação, descobriram que outras nitrosaminas e outros compostos N-nitroso são a causa do aparecimento de câncer no fígado, nos pulmões e de intoxicações alimentares potencialmente fatais (botulismo). A referida nitrosamina (nitroso dimetil amina) foi inclusivamente utilizada como solvente nas lavagens a seco. O aperfeiçoamento nas técnicas de ensaio e de investigação na década de 80 concluiu que mais de 300 tipos de N-nitrosaminas tenham sido consideradas como substâncias cancerígenas e mesmo mutagênicas.
As nitrosaminas são formadas pela reação de aminas secundárias com agentes nitrosantes do tipo NOx, como se mostra a seguir:
Aminas secundárias, de fórmula geral:
+ Agentes nitrosantes (NOx) + Calor
(NOx = N2O2, NO2, N2O3, N2O4)
NITROSAMINAS NA INDÚSTRIA DA BORRACHA
Muitos ingredientes utilizados na fabricação de artefatos de borracha dão origem à formação de nitrosaminas; estas não somente existem incorporadas nos produtos vulcanizados como também são emitidas para a atmosfera das áreas de trabalho, muito particularmente nas áreas de vulcanização.
Os principais ingredientes que concorrem para a formação de nitrosaminas pertencem às famílias dos aceleradores de vulcanização e dos dadores de enxofre; todos eles contêm o grupo amina secundária na sua constituição.
FAMÍLIAS DE ACELERADORES DE VULCANIZAÇÃO
SULFENAMIDAS
São aceleradores primários, normalmente utilizados com baixos níveis de dosagem. São do tipo rápido, mas de ação retardada. Têm, portanto, grande influência no tempo de pré-vulcanização e na velocidade de vulcanização. As sulfenamidas geradoras de nitrosaminas são as seguintes: MBS, DIBS e OTOS.
TIURAMES
São aceleradores secundários, normalmente utilizados com baixos níveis de dosagem. A sua ação é de reforçar a ação do acelerador primário, conferindo uma maior velocidade de vulcanização. São, todavia, menos rápidos que os aceleradores do tipo ditiocarbamato. São considerados aceleradores muito rápidos; os aceleradores do tipo ditiocarbamato são aceleradores considerados ultra-rápidos, como referimos. Este tipo de aceleradores, pelo nível de enxofre que existe nas respectivas moléculas, é muitas vezes utilizado como dador de enxofre. Exemplos de tiurames geradores de nitrosaminas: TMTM, TMTD, TETD e MPTD.
DITIOCARBAMATOS
São aceleradores secundários, normalmente utilizados com baixos níveis de dosagem. Como aceleradores secundários e do tipo ultra-rápido, são utilizados para conferirem uma elevada velocidade de vulcanização. São aceleradores geradores de nitrosaminas: ZDMC, ZDEC, ZDBC, ZSMC, ZEPC e ZMPC.
FAMÍLIA DOS DADORES DE ENXOFRE
Este tipo de ingredientes, para, além de atuar como agente de vulcanização (é a fonte do enxofre que vai estabelecer as ligações químicas entre as cadeias macro moleculares), atua também como acelerador de vulcanização. Com este tipo de vulcanização obtêm-se, principalmente, ligações mono ou bissulfídicas, o que melhora substancialmente as propriedades dos vulcanizados, tais como a resistência ao calor, ao envelhecimento e às deformações residuais. Exemplos de dadores de enxofre geradores de nitrosaminas: DTMD e MBSS.
SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA
Sulfenamidas:
Tiurames:
Podem ser substituídos por:
Ditiocarbamatos:
Dadores de Enxofre:
Nota importante:
Com a substituição de alguns ingredientes do subsistema de aceleração por outros que não possuem, necessariamente os mesmos efeitos, torna-se necessário proceder a reajustamentos do subsistema, eventualmente com a adição de retardadores ou de inibidores de vulcanização.
Estas substâncias, por via de mecanismo de inibição ou desativação dos óxidos nitrosantes, impedem a formação de nitrosamina. São exemplos deste tipo de agentes:
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