Insalubridade – Avatec https://avatec.com.br Nossa Missão é o Controle de Riscos Ocupacionais Fri, 24 Apr 2020 02:15:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.3 173622724 Isocianatos- Insalubridade https://avatec.com.br/isocianatos/ https://avatec.com.br/isocianatos/#respond Fri, 17 Apr 2020 20:00:59 +0000 https://avatec.com.br/?p=10490 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 119

A forma mais comum de exposição ao isocianato é através de inalação. Os aerossóis ou vapores de isocianatos podem irritar as membranas mucosas do sistema respiratório (nariz, garganta e pulmões), causando irritação nasal, dor de garganta, tosse, desconforto no peito, falta de ar, e redução da função pulmonar (obstrução da respiração). Pessoas, com uma hipersensibilidade bronquial não específica, podem responder a concentrações extremamente baixas, com sintomas semelhantes a um ataque de asma. Exposições a altas concentrações podem levar a bronquites, espasmos bronquiais e edemas pulmonares (líquido no pulmão). Estes efeitos são normalmente reversíveis.

Pneumonias químicas ou por hipersensibilidade, com sintomas de gripe (febre e calafrios) também tem sido reportadas. Como resultado de repetidas pequenas exposições ou a uma única grande dose, certos indivíduos podem desenvolver sensibilidade a isocianatos (asma química), que pode causar uma reação, a exposições posteriores, em concentrações muito baixas. Estes sintomas, que podem incluir: aperto no peito; respiração ofegante; tosse; falta de ar; ou ataque asmático; e podem ser imediatos ou demorar diversas horas após a exposição. Exposições crônicas aos isocianatos podem causar dano ao pulmão (incluindo decréscimo da função pulmonar) o qual poderá ser permanente. A sensibilidade poderá igualmente ser temporária ou permanente.

Devido aos efeitos adversos à saúde, o valor limite de tolerância (VLT), para a maioria dos isocianatos é de 5 ppb para exposições superiores a 8 h e de 20 ppb para exposições por curto período de tempo. O TDI é volátil e bastante utilizado, e o olfato humano só consegue distinguir sua presença entre 200 a 500 ppb. O efeito tóxico da inalação dos diversos isocianatos é semelhante, e as diferenças de toxidade dos isocianatos ficam por conta das diferentes pressões de vapor. Por exemplo, na temperatura ambiente, o TDI é mais tóxico do que o MDI, devido a sua maior pressão de vapor. Todavia, o MDI quando aquecido, pode atingir a mesma pressão de vapor do TDI na temperatura ambiente, tornando-se então, igualmente tóxico. Em lugares quentes a pressão de vapor do isocianato será maior e consequentemente maior a sua concentração no ar. Similarmente, quando os isocianatos, ou produtos contendo isocianatos, são aplicados por spray, altas concentrações de isocianatos no ar podem ser alcançadas. Devido a estes fatos, sempre deve ser empregada uma boa exaustão para manter a concentração abaixo do VLT, e a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), principalmente as máscaras contra gases, seguindo as orientações do fabricante. Problemas como vazamentos e equipamentos que não foram corretamente limpos contribuem para o aumento da concentração de isocianato no ar e devem ser rapidamente sanados.

Após contato com a pele, os isocianatos provocam descoloração local, e em alguns casos vermelhidão, inchação, erupção, escamação, bolhas, e ocasionalmente sensibilização da pele. Os líquidos, aerossóis, ou vapores podem causar severa irritação ocular, dores, laceração, vermelhidão, inchação e dano à córnea. Contato prolongado com vapor pode causar conjuntivite.

Embora não seja uma forma comum de exposição, a ingestão pode resultar em irritação e ação corrosivas na boca, estômago e aparelho digestivo. Os sintomas podem incluir dor de garganta; dores abdominais; náuseas, vômito e diarreia.

INSALUBRIDADE

A Portaria nº 3214/78 do MTE, em sua NR 15, Anexo nº 13 – Agentes químicos, assim recita:

“1. Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com   os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.”

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau médio

Emprego de isocianato na formação de poliuretanas (lacas de dedesmodur e desmofem, lacas de dupla composição, lacas protetoras de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos à base de poliisocianetos e poliuretanas).

 

 

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Hidrocarbonetos Alifáticos e Alicíclicos https://avatec.com.br/hidrocarbonetos-alifaticos-e-aliciclicos/ https://avatec.com.br/hidrocarbonetos-alifaticos-e-aliciclicos/#respond Thu, 16 Apr 2020 20:19:24 +0000 https://avatec.com.br/?p=10425 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 104

Hidrocarbonetos são uma classe importante de compostos orgânicos constituídos somente de carbono e hidrogênio e são amplamente distribuídos na natureza. Estas substâncias ocorrem em produtos do petróleo, óleo e graxa, gases naturais, carvão mineral e alcatrão de carvão mineral, e gases terrosos profundos. Hidrocarbonetos podem ser classificados em três largas categorias (1) compostos alifáticos de cadeia aberta, (2) compostos alicíclicos ou cíclicos do tipo nafteno, e (3) compostos de anéis aromáticos.

Hidrocarbonetos alifáticos de cadeias abertas são os alcanos, alquenos, alquinos, e seus isômeros. Alcanos têm a fórmula geral de CnH2n+2, onde n é o número de átomos de carbono nas moléculas, tais como metano, propano, n-pentano e isooctano. Alquenos ou olefinas são compostos não saturados, caracterizados por uma ou mais ligações duplas entre os átomos de carbono. Sua fórmula geral é CnH2n. Exemplos são o etileno, 1-buteno e 1-octeno. Alquinos ou hidrocarbonetos acetilênicos contém uma ligação tripla na molécula e são altamente não saturados. A fórmula molecular para um alquino é CnH2n-2. Um hidrocarboneto alicíclico é um composto de anel cíclico com três ou mais átomos de carbono. Exemplos típicos são o ciclopropano, ciclobutano, ciclopentano e ciclohexano, que são anéis com três, quatro, cinco, e seis membros, respectivamente. Os aromáticos são, também, compostos de anéis, mas estes são de tipos diferentes, caracterizados por anéis benzenóides não saturados de seis átomos de carbono.

A toxicidade dos hidrocarbonetos alicíclicos ou alifáticos em seres humanos e animais é muito baixa. Os compostos gasosos são atóxicos e simples asfixiantes. A presença de uma ligação dupla ou tripla na molécula ou de uma cadeia fechada não intensifica a toxicidade dos hidrocarbonetos, especialmente os de menor cadeia carbônica. Estes gases são narcóticos apenas nos casos de altas concentrações no ar. Os hidrocarbonetos de maior cadeia carbônica, que são líquidos em condições ambientais, são também de baixa toxicidade, produzindo efeitos anestésicos apenas em altas doses. O 1,3-butadieno é o único hidrocarboneto de cadeia aberta de aplicação comercial, que foi registrado como causador de câncer.

Hidrocarbonetos de baixa cadeia carbônica são altamente inflamáveis. Compostos contendo de um a quatro átomos de carbono são gases em temperatura ambiente e 760 torr de pressão. Hidrocarbonetos alifáticos e alicíclicos contendo cinco a nove átomos de carbono são, na sua maioria, líquidos inflamáveis com um ponto de fulgor <100°F (38°C); e moléculas com uma cadeia mais longa de 12 ou 13 átomos de carbono são líquidos combustíveis. Com um aumento do número de carbono, a combustibilidade diminui e os hidrocarbonetos tornam-se sólidos não combustíveis. Hidrocarbonetos de menor cadeia carbônica formam misturas explosivas com o ar. O acetileno está entre os compostos orgânicos mais inflamáveis, com uma ampla faixa de inflamabilidade no ar. Assim são, principalmente, as propriedades inflamáveis que caracterizam a natureza nociva dos hidrocarbonetos.

A reatividade dos alcanos e cicloalcanos é muito baixa. Alquenos e alquinos contendo ligações duplas e triplas são reativos. As reações de adição seguem a regra de Markovnikov. Dienos conjugados passam por reações de Diels-Alder. As substâncias que mais reagem violentamente com hidrocarbonetos não saturados são os halogênios, oxidantes fortes e o dióxido de nitrogênio. Alquinos podem formam acetiletos com certos metais.

Em seguida serão discutidas, com detalhes, as propriedades nocivas dos hidrocarbonetos.

HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS E ALICÍCLICOS

  • Metano;
  • Etano;
  • Etileno;
  • Acetileno;
  • Propano;
  • Propileno;
  • n-Butano;
  • Isobutano;
  • 1,3-Butadieno;
  • n-Pentano;
  • Ciclopentano;
  • Ciclopentadieno;
  • n-Hexano;
  • Ciclohexano;
  • Ciclohexeno;
  • n-Octano;

INSALUBRIDADE

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo

Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.

SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS

Para as substâncias ou processos a seguir relacionados, não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via:

  • 4-amino difenil (p-xenilamina);
  • Produção de benzidina;
  • Beta-naftilamina;
  • 4-nitrodifenil.

Entende-se por nenhuma exposição ou contato, hermetizar o processo ou operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o carcinogênico.

Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada como situação de risco grave e iminente para o trabalhador.

Para o Benzeno, deve ser observado o disposto no Anexo 13-A.

 

 

 

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Substâncias Químicas-Causadoras de Câncer https://avatec.com.br/substancias-quimicas-causadoras-de-cancer/ https://avatec.com.br/substancias-quimicas-causadoras-de-cancer/#respond Thu, 16 Apr 2020 20:08:28 +0000 https://avatec.com.br/?p=10421 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 103

CONCEITO DE CARCINOGÊNESE

Um carcinógeno é uma substância capaz de causar câncer em mamíferos. Substâncias químicas, irradiação e certos vírus são agentes causadores do câncer. A maioria dos tipos de câncer é causada por muitas substâncias químicas sintéticas ou naturais incluindo entre elas substâncias inorgânicas, orgânicas, hormônios e materiais sólidos. Um carcinógeno humano é uma substância que causa câncer em seres humanos.

Quaisquer possíveis propriedades carcinogênicas de substâncias químicas são identificadas com base em estudos epidemiológicos em seres humanos que estabelecem as relações entre a exposição a alguma substância química e o câncer e estudos de laboratórios em animais. Os carcinógenos químicos exercem seus efeitos após exposição prolongada durante anos, frequentemente com um período de latência de vários anos. Por exemplo, na exposição a fibras de amianto, os primeiros sinais de câncer aparecem de 20 a 30 anos após a exposição. Também, a maioria dos carcinógenos se manifestam de acordo com relações proporcionais entre a dosagem e a resposta. Em estudos com animais, doses grandes de possíveis carcinógenos são administradas para duas ou mais espécies de animais de laboratório durante um período de tempo. São administradas doses máximas que provavelmente produziram o câncer. De modo geral, assume-se que substâncias químicas que causam câncer em animais também o causariam em seres humanos. Nem sempre tais premissas podem ser confirmadas. Portanto, qualquer extrapolação que se possa fazer para os seres humanos, fundamentada nos dados de experimentos com animais, deveria ser estabelecida com base em estudos epidemiológicos em seres humanos.

Um tumor ou um neoplasma é o crescimento alterado e autônomo do tecido, composto de células anormais, que crescem mais rapidamente do que as células normais presentes nos arredores, podendo ter origem a partir de predisposição genética. O neoplasma pode ser de dois tipos, benigno ou maligno, enquanto aquele cresce muito mais vagarosamente do que este e não apresenta metástase (disseminação pelo corpo), o tumor maligno ou o câncer cresce rapidamente e se espalha pelo corpo. Os neoplasmas usam o sangue, oxigênio e nutrientes de outros tecidos e órgãos afetando a função normal dos órgãos e tecidos do corpo. Os neoplasmas que continuam a crescer sem interrupções e a se espalhar, como acontece nos tumores malignos, em última estância, causam a morte. Os processos bioquímicos que estão envolvidos na carcinogênese não são muito bem entendidos. Sabe-se que muito mutágenos são também carcinógenos químicos. Portanto, a mutação de células normais expostas a carcinógenos químicos pode levar ao desenvolvimento de células cancerosas. A mutação é uma mudança permanente na sequência básica do DNA envolvendo alterações de um só gene, um conjunto de genes ou de um cromossomo integralmente. Substâncias químicas carcinogênicas podem alterar o ácido desoxirribonucléico (DNA) para formar um tipo de célula que se auto multiplique formando o tecido cancerígeno. O DNA é uma macromolécula longa que traz em si um código genético através do qual características genotípicas são herdadas. Uma substância química pode interagir com o DNA através de mecanismo genético, alterando a estrutura ou o número de cromossomos, causando uma mutação genética ou duplicação. Tais substâncias são conhecidas como carcinógenos genotóxicos. Elas iniciam a carcinogênese afetando o organismo em um estágio inicial. Elas são também carcinogênicas mesmo em doses subtóxicas, e frequentemente começam a causar mudanças após uma simples exposição, com um curto período de latência. Um grande número de carcinógenos químicos se transformam por metabolização em intermediários eletrofílicos reativos que interagem com o DNA. Assim a substância tem de ser metabolizada para produzir o intermediário real causador do câncer. Entre estes compostos, chamados de carcinógenos próximos, estão as aminas aromáticas, hidrocarbonetos aromáticos polinucleares, nitrosaminas, nitrosuréias, corantes azo e hidrocarbonetos clorados.

Muitas substâncias químicas, nas suas formas não metabolizadas reagem diretamente com o DNA ou com outras partes das células, causando o câncer. Estas substâncias são classificadas como carcinógenos primários. Agentes de alquilação, óxido de etileno, peróxidos, sulfato de dimetila, sulfonas, mostarda sulfúrica e bis(clorometil)éter são exemplos de carcinógenos primários.

Uma outra classe de carcinógenos são os carcinógenos epigenéticos. Estas substâncias, que são de natureza agenotóxica, causam mudanças na estrutura do DNA sem se ligar a ele e sem causar transformações de células ou aberrações do cromossomo. Carcinógenos sólidos, hormônios e agentes citotóxicos são exemplos desta classe.

Muitos agentes de alquilação – substâncias químicas que somam grupos alquila ao DNA são carcinógenos e/ou mutágenos. Eles formam íons reativos de carbono, os quais reagem com bases ricas em elétrons no DNA, tais como a adenina, guanina, citosina e timina. Isto causa tanto o emparelhamento incorreto das bases como quebras dos cromossomos, causando crescimento e duplicação de células neoplásicas (cancerígenas).

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES CARCINÓGENOS

IARC – AGÊNCIA INTERNACIONAL PARA PESQUISA SOBRE CÂNCER

Grupo 1: O agente é carcinogênico para seres humanos – há evidência suficiente estabelecida entre a exposição ao agente e o câncer no ser humano.

A AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH – 2017)

A1 – Carcinogênico Humano Confirmado. O agente é carcinogênico para o ser humano, com base em evidências de estudos epidemiológicos.  

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 9, DE 7/10/2014 (LINACH)

Grupo 1: Carcinogênicos para humanos.

LISTA NACIONAL DE AGENTES CANCERÍGENOS PARA HUMANOS – LINACH

Grupo 1 – Agentes confirmados como carcinogênicos para humanos.

 

 

Agente

Registro no Chemical Abstracts Service – CAS
Acetaldeído associado com o consumo de bebidas alcoólicas 000075-07-0
Ácido Aristólico 000313-67-7
Ácido Aristólico (plantas que o contém) 000313-67-7
Ácidos Mistos, Inorgânicos Fortes Não se aplica
Aflatoxinas 001402-68-2
Álcool Isopropílico, manufatura usando ácidos fortes Não se aplica
Alumínio, produção de Não se aplica
4-Aminobifenila 000092-67-1
Arsênio e compostos inorgânicos de arsênio 007440-38-2
Asbestos ou amianto – todas as formas, inclusive actinolita, amosita, antofilita, crisotila, crocidolita, tremolita (nota: Substâncias minerais, a exemplo do talco ou vermiculita, que contenham amianto também devem ser considerados como cancerígeno para os seres humanos) 001332-21-4

013768-00-8

012172-73-5

017068-78-9

012001-29-5

012001-28-4

014567-73-8

Auramina, produção de Não se aplica
Azatioprina 000446-86-6
Bebidas alcoólicas Não se aplica
Benzeno 000071-43-2
Benzidina 000092-87-5
Benzo[a]pireno 000050-32-8
Berílio e seus compostos 007440-41-7
Bifenis policlorados 001336-36-3
Bifenis policlorados, ‘dioxin-like’ (‘tipo dioxina’ ou ‘do grupo das dioxinas’), com Fator de Equivalência de Toxicidade de acordo com a OMS (PCBs 77, 81, 105, 114, 118, 123, 126, 156, 157, 167, 169, 189)  

Não se aplica

Borracha, indústria de transformação da Não se aplica
Breu de alcatrão de hulha 065996-93-2
Bussulfano 000055-98-1
1,3 Butadieno 000106-99-0
Cádmio e compostos de cádmio 007440-43-9
Ciclofosfamida 000050-18-0

006055-19-2

Ciclosporina 059865-13-3

079217-60-0

Clonorchis sinensis, Infecção com Não se aplica
Clorambucil 000305-03-3
Cloreto de vinila 000075-01-4
Clornafazina 000494-03-1
Compostos de cromo (VI) 018540-29-9
Compostos de níquel Não se aplica
Coque, produção de Não se aplica
Corantes que liberam benzidina no metabolismo Não se aplica
Destilação do alcatrão de hulha 008007-45-2
Dietilestilbestrol 000056-53-1
Emissões em ambiente fechado na combustão doméstica do carvão Não se aplica
Erionita 066733-21-9
Estrogênio-progesterona associados como contraceptivo oral (nota: há também provas convincentes em seres humanos de que esses agentes conferem um efeito protetor contra o câncer em endométrio e ovário)  

Não se aplica

Estrogênio-progesterona associados em terapia menopausal combinada Não se aplica
Estrógeno, terapia pós-menopausal Não se aplica
Etanol em bebidas alcoólicas 000064-17-5

 

INSALUBRIDADE

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo

Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins.

SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS

Para as substâncias ou processos a seguir relacionados, não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via:

  • 4-amino difenil (p-xenilamina);
  • Produção de benzidina;
  • Beta-naftilamina;
  • 4-nitrodifenil.

Entende-se por nenhuma exposição ou contato, hermetizar o processo ou operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o carcinogênico.

Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada como situação de risco grave e iminente para o trabalhador.

Para o Benzeno, deve ser observado o disposto no Anexo 13-A.

 

 

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Gases Desprendidos em Operações de Soldagem https://avatec.com.br/gases-desprendidos-em-operacoes-de-soldagem/ https://avatec.com.br/gases-desprendidos-em-operacoes-de-soldagem/#respond Thu, 16 Apr 2020 19:49:28 +0000 https://avatec.com.br/?p=10411 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 102

Nas operações de solda há desprendimento de gases cuja origem depende do processo usado, devendo ser levados em consideração os seguintes fatores: gás protetor usado, composição do revestimento ou da alma dos eletrodos, ação do arco elétrico formado, ou da radiação ultravioleta sobre os elementos constituintes do ar atmosférico e da decomposição de óleos e graxas que usualmente recobrem as chapas para evitar oxidação. Os gases mais importantes e seus efeitos sobre os soldadores serão discutidos a seguir.

ÓXIDOS DE NITROGÊNIO

Os óxidos de nitrogênio são formados pela oxidação do nitrogênio atmosférico por ação direta da alta temperatura do arco elétrico.

Os óxidos de nitrogênio são agentes irritantes pulmonares, que podem ocasionar a morte imediata por broncoespasmo e parada respiratória quando a exposição é intensa. Em outros casos, a morte ocorre por edema pulmonar e em outros, ainda, por bronquiolite fibrosa obliterante. Concentrações menos intensas ocasionam sonolência, enjôos e vômitos.

O tratamento é semelhante ao da intoxicação pelo ozônio, sendo muito útil a terapêutica hiperbárica.

DIÓXIDO DE CARBONO

É formado pela decomposição do revestimento ou da alma dos eletros e é usado no processo MAG como gás de proteção da solda. O dióxido de carbono é considerado como um gás asfixiante simples, ou seja, quando aumenta sua concentração reduz-se a do oxigênio, sendo esta deficiência de oxigênio que ocasiona o dano. Uma concentração de 10% de dióxido de carbono leva à inconsciência e ao óbito por redução da pressão parcial de oxigênio no ar respirado.

Mesmo a baixas concentrações, parece haver uma ação tóxica sobre a membrana celular e alterações bioquímicas como acidose, elevação do cálcio circulante e sua deposição nos tecidos, incluindo o rim.

O tratamento é feito afastando o intoxicado do ambiente e ministrando-lhe oxigênio, além de medidas sintomáticas, se necessário.

MONÓXIDO DE CARBONO

O monóxido de carbono origina-se da decomposição do dióxido de carbono usado ou formado nas operações de solda, especialmente no processo MAG que usa dióxido como gás protetor de solda. Quando junto às operações de solda há grande movimentação de veículos, o risco de atingir concentrações perigosas é muito grande, principalmente quando os veículos usam gasolina como combustível.

O monóxido de carbono é a causa mais comum de intoxicação por um agente químico, tanto na indústria como no lar. Milhares de pessoas morrem anualmente no mundo, vítimas deste gás.

A ação tóxica faz-se através da competição estabelecida entre o oxigênio e o monóxido de carbono para se ligar à hemoglobina. Como a hemoglobina prefere o monóxido (afinidade 240 vezes maior do que pelo oxigênio), forma-se carboxi-hemoglobina (COHb) no lugar da oxi-hemoglobina, levando a um bloqueio no transporte de oxigênio para as células, bem como perturbando o mecanismo de liberação do oxigênio de reserva nos tecidos. Além destes efeitos, o monóxido também se liga à mioglobina e forma a carboximioglobina, que traz como consequência distúrbios no mecanismo muscular. Este efeito se reveste de particular importância quando ocorre no músculo cardíaco.

Convém, ainda, acrescentar outros efeitos, todavia pouco estudados como a combinação com enzimas citocrômicas, alterando a respiração celular.

O quadro clínico varia de acordo com a concentração de COHb no sangue. Inicia com leve cefaleia com tensão frontal e leves dificuldades respiratórias. A concentração de 10 a 20% pode ser fatal para o feto e pessoas com distúrbios cardíacos severos. (Aqui é muito oportuno recordar que fumantes inveterados podem apresentar uma concentração usual de COHb em torno de 8%). Aumentada a concentração, surgem: cefaleia severa e pulsátil, face ruborizada, redução da destreza manual, vertigem, náusea e vômito. O quadro vai piorando com fraqueza, irritabilidade, perturbação de julgamento, convulsões, coma e morte quando a concentração ultrapassa 45% de COHb.

Nas exposições intensas (acima de 10.000 ppm) a morte ocorre em poucos minutos sem a evolução referida.

Os primeiros órgãos atingidos (órgãos críticos) são o cérebro e o coração. No coração, o resultado é a precipitação do infarto do miocárdio.

Nos estágios iniciais da intoxicação, a vítima apresenta-se pálida, mas logo depois aparece a clássica cor vermelho-cereja, consequência da alta concentração de COHb na pele, leito ungueal e nas mucosas. Esta coloração aparece quando a concentração de COHb ultrapassa 50%.

Constituem grupos mais suscetíveis: portadores de anemia e hemoglobinopatias, grávidas, hipertireóideus, pacientes febris, pacientes com insuficiência respiratória crônica, doentes cardíacos isquêmicos e arterioescleróticos (especialmente cerebrais).

Sendo o trabalhador anêmico mais suscetível, é importante ressaltar que o brasileiro apresenta, por deficiências alimentares e parasitoses intestinais, elevada prevalência de anemias crônicas que agravam o risco e dificultam o controle.

O tratamento da intoxicação consiste na remoção da vítima para ambiente não contaminado. Se não está respirando, deverá ser instituída respiração artificial boca-a-boca e, se necessário, massagem cardíaca externa. Administrar oxigênio pelo método disponível, sendo que a câmara hiperbárica é o tratamento de eleição. Devem ser evitadas drogas estimulantes e o paciente deve ser mantido em repouso absoluto por 48 horas.

Após a recuperação poderão ocorrer sequelas mentais do tipo irritabilidade, inquietação, delírio, depressão, ansiedade, alterações de personalidade e perturbações da memória.

GASES FORMADOS PELA DECOMPOSIÇÃO DE HIDROCARBONETOS CLORADOS

Os hidrocarbonetos clorados como o tricloroetileno, tricloretano, tetracloretileno e metilclorofórmio são muito utilizados como desengraxante de peças. Resíduos destes solventes ficam nas peças e no ar e, sob a ação de radiação ultravioleta ou do calor, são decompostos produzindo agentes altamente irritantes respiratórios, como fosgênio, cloreto de hidrogênio ou cloro (conforme o solvente usado).

INSALUBRIDADE

  • AVALIAÇÃO QUALITATIVA

A Portaria nº 3214/78 do MTE, em sua NR-15, Anexo nº13- Agentes químicos, assim verifica:

  1. Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se cesta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

OPERAÇÕES DIVERSAS

  • INSALUBRIDADE DE GRAU MÁXIMO

Operações com cádmio e seus compostos: extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos,  solda com cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em revestimento metálicos, e outros produtos.

AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

A Portaria 3214/78 do MTE, e, sua NR-15, Anexo nº 12. Limites de tolerância para poeiras minerais, assim registra:

MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS (X)

  1. O limite de tolerância, para as operações com manganês e seus compostos referente a metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação debaterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmica, fabricação e uso de eletrodo de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m³ no ar, para jornada de até 8 horas por dia

(X) Acrescentado pela Portaria nº 8, de 05/10/1992

 

 

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Extração de Sal https://avatec.com.br/extracao-de-sal/ https://avatec.com.br/extracao-de-sal/#respond Thu, 16 Apr 2020 19:28:19 +0000 https://avatec.com.br/?p=10399 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 99

A água do mar é composta por uma grande variedade de sais. Segundo pesquisadores em 35 gramas de sal encontra-se: 27,2g de cloreto de sódio (NaCl); 3,8g de cloreto de magnésio (MgCl); 1,6g de sulfato de magnésio (MgSO4); 1,3g de  sulfato de cálcio (CaSO4); 0,9g de sulfato de potássio (X2SO4); e 0,2g de carbonato de cálcio (CaCo3). Porém podem ocorrer pequenas variações de acordo com o ponto da superfície oceânica, com as condições climáticas e com a localização geográfica. No Brasil, a extração é basicamente de cloreto de sódio ou sal de cozinha; no entanto em outros países há também a extração de outros sais, como ocorriam nos países do mar Adriático.

EVAPORAÇÃO

A obtenção do cloro de sódio puro (livre de outros sais) só é possível devido à cristalização fracionada dos seus sais existentes na água do mar, resultante da diferença de solubilidade, que ocorre durante a evaporação natural.

RISCOS AMBIENTAIS

Na extração de sal existe a exposição a água com alto teor de salinidade, forte calor e radiação solar. A exposição ocorre em virtude de o trabalho ser realizado a céu aberto.

Diversos autores mencionaram sobre potenciais danos a saúde dos trabalhadores devido à exposição ao sol. Bustamante et al. (1958) advertiram sobre a necessidade de se proteger os salineiros, em vista da natureza do trabalho, da “agressividade do sol” e da “intensa luminosidade”. E ainda relataram sobre uma série de afecções da pele e dos olhos decorrentes desta exposição.

Na década de 1980, a precariedade das condições de trabalho nas salinas manuais foi abordada também por Hatem et al. (1986), identificando entre os principais riscos associados a exposição à radiação solar: as dermatoses e as patologias oculares – principalmente a catarata, o pterígio e a hiperemia acentuada na conjuntiva.

Em estudo realizado pelo médico dermatologista Salim Ali (2009), nas salinas do Rio Grande do Norte, encontrou-se sinais de envelhecimento precoce da pele dos trabalhadores, em consequência aos efeitos causados pela exposição à radiação ultravioleta, além de dois casos de epitelioma labial, numa população de 326 trabalhadores avaliados.

Queiroz (2011) também descreveu sobre a intensidade do sal e do sol e seus efeitos. Essa autora relatou suas sensações após entrar nos tanques para vivenciar o trabalho dos salineiros:

“A pele do meu rosto, mesmo com uso de protetor solar, ficou avermelhada, dando um tom de exposição excessiva ao sol sem proteção. Os meus olhos doíam, lacrimejavam, mesmo eu estando de óculos em tons brevemente escuros. Os meus braços ficaram doloridos também, visto que usava blusa de mangas curtas (…). E estes trabalhadores continuavam lá, trabalhando do mesmo jeito (QUEIROZ, 2011, p. 101 e 102)”.

INSALUBRIDADE

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

 

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

 

 

 

OPERAÇÕES DIVERSAS

Insalubridade de grau médio

Trabalhos na extração de sal (salinas).

 

 

 

 

 

 

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Chumbo https://avatec.com.br/chumbo/ https://avatec.com.br/chumbo/#respond Thu, 16 Apr 2020 19:21:40 +0000 https://avatec.com.br/?p=10395  PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 98

O chumbo (CAS: 7439-92-1) é um dos metais mais abundantes encontrados na natureza, obtido principalmente a partir da galena (sulfato de chumbo – PbS). De cor azul-acinzentado, ele se funde a 327 graus centígrados, emite vapores muito tóxicos que, em contato com o ar, se transformam em óxido de chumbo. Seu ponto de ebulição se situa a 1.525 graus centígrados. Os principais compostos de chumbo utilizados na indústria são: carbonato de chumbo, cerusita (PbCO3), sulfato de chumbo (PbSO4), o cromato de chumbo (PbCr04) a crocoisita; o molibdato de chumbo (PbMo04) a wulfenita; o fosfato de chumbo a piromorfita, o litargírio (PbO), o zarcão (Pb3O4). Os compostos orgânicos mais empregados são: o naftenato, estearato, chumbo tetraetila e chumbo tetrametila.

SATURNISMO

O saturnismo é a intoxicação produzida por excesso de chumbo no organismo. O termo “saturnismo” é uma referência ao deus Saturno, idolatrado na Roma antiga. Os romanos acreditavam que o chumbo, “o metal mais antigo”, foi um presente que Saturno lhes deu e com ele construíam aquedutos e produziam acetato de chumbo, utilizado pelos aristocratas da época para adocicar o vinho. Acredita-se que essa mistura bombástica e a consequente intoxicação por ela provocada seria a causa da imbecilidade, perversidade e esterilidade reconhecidas de imperadores como Nero, Calígula, Caracala e Domiciano, este último construtor de fontes que jorravam vinho “chumbado” nos jardins de seus palácios. O mundo das artes também inclui vítimas famosas do chumbo, entre eles os pintores Van Gogh e Portinari (fonte: tintas), o vitralista Dirk Vellert (fonte: vidros coloridos) e o compositor Beethoven (fonte provável: tipografia das partituras).

FONTES DE RISCO

As propriedades de dureza e maleabilidade do chumbo têm determinado um aumento progressivo em sua utilização industrial. As fontes tradicionais de risco são: montagem de veículos, montagem e recuperação de baterias, soldagem, mineração, manufatura de plásticos, vidros, cerâmicas e indústrias de tintas, lacas, vernizes, oficinas de artesanato, fundição, acumuladores, estaleiros, indústria química, fabricação de munições, cerâmica, óleos pesados, inseticidas. Outros riscos que apareceram recentemente são os derivados da proteção contra as radiações ionizantes, a manutenção de túneis, em rodovias e o uso de estearatos de chumbo na indústria de plásticos, conferindo maior dureza e elasticidade ao produto.

LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL (LEO) (ACGIH – 2017)

Chumbo e compostos inorgânicos, como Pb………………………0,05 mg/m³

Chumbo tetraetila, como Pb……………………………………………………0,1 mg/m³

Chumbo tetrametila, como Pb………………………………………………0,15 mg/m³

Cromato de chumbo, como Pb………………………………………………0,05 mg/m³

VIAS DE PENETRAÇÃO

Este metal pode ser introduzido no organismo através da inalação (ar atmosférico), ingestão (água, alimentos e solo contaminados) e por via dérmica. Os compostos de chumbo lipossolúveis e projéteis de chumbo quando alojados na pele e nos músculos permitem a absorção do metal.

No ambiente de trabalho, a principal via de absorção é o aparelho respiratório.

A deposição, retenção e absorção de partículas de chumbo no trato respiratório depende de fatores tais como:

  • Tamanho da partícula inalada;
  • Densidade;
  • Forma química;
  • Solubilidade;
  • Ritmo respiratório;
  • Duração da exposição;
  • Concentração de chumbo na atmosfera;
  • Susceptibilidade pulmonar do trabalhador, sendo mais importante durante o esforço.

Após absorvido, o chumbo não é distribuído de forma homogênea no organismo. No sangue o chumbo circulante está quase sempre associado aos eritrócitos, sendo em seguida distribuído aos tecidos moles (maiores concentrações no fígado e rins) e aos minerais (ossos e dentes). O osso é o principal compartimento onde se armazena o metal, cerca de 90% do chumbo encontrado no organismo está depositado nos ossos sob a forma de trifosfato.

Cerca de 90% do chumbo que foi ingerido, e que não se absorve, é excretado pelas fezes, em função de seus trânsito no trato gastrintestinal sob a forma de sulfetos insolúveis.

Aproximadamente 75% são eliminados através da urina. Apesar do nível de chumbo na urina ter sido um indicador de exposição ao metal, é importante ressaltar que esta concentração não representa com fidelidade o grau de absorção, já que os rins excretam quantidades elevadas de chumbo somente quando a concentração do metal no sangue for alta. Para pequenas concentrações do metal, a determinação da concentração de chumbo na urina será útil quando acompanhada de outros parâmetros. Em pequenas quantidades o chumbo pode ser também eliminado pelo suor, saliva, unhas e cabelo. O chumbo pode ser encontrado no leite materno em pequenas quantidades.

EFEITOS NO ORGANISMO

Sabe-se hoje que o chumbo afeta múltiplos órgãos e tecidos, principalmente cérebro, sangue, fígado, rins, testículos, esperma, sistema imunológico e pulmões.

EFEITOS BIOQUÍMICOS

Anemia, que ocorre somente com altos níveis de exposição.

EFEITOS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Encefalopatias com irritabilidade, cefaléia, tremor muscular, alucinações, perda da memória e da capacidade de concentração. Esses sintomas podem progredir até o delírio, convulsões, paralisias e coma.

EFEITOS NO SISTEMA RENAL

Dano reversível no túbulo proximal e uma lenta e progressiva deficiência renal.

EFEITOS NO SISTEMA GASTROINTESTINAL

Intoxicações severas podem ocasionar constipação, diarréia e gastrite.

EFEITOS NOS OSSOS

Pode afetar o metabolismo do osso no período da menopausa na mulher, contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose. O osso pode servir como biomarcador de exposições passadas, pois a meia-vida neste compartimento é longa.

OUTROS EFEITOS

Estudos epidemiológicos demonstraram que o chumbo está associado a deficiências neurocomportamentais em crianças. Os efeitos do chumbo na função reprodutora masculina limita-se a morfologia e ao número de espermatozóides. O chumbo não parece ter efeitos nocivos na pele, nos músculos e nem no sistema imunológico.

INSALUBRIDADE

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

CHUMBO

Insalubridade de grau máximo

Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato, cromato mínio, litargírio e outros.

Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, unguentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo.

Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo compostos de chumbo.

Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila.

Fundição e laminação de chumbo, de zinco velho, cobre e latão.

Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demais trabalhos com gasolina contendo chumbo tetraetila.

Pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados.

Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros compostos de chumbo.

Insalubridade de grau médio

Aplicação e emprego de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, unguentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo.

Fabricação de porcelana com esmaltes de compostos de chumbo.

Pintura e decoração manual (pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de chumbo (exceto pincel capilar), em recintos limitados ou fechados.

Tinturaria e estamparia com pigmentos à base de compostos de chumbo.

Insalubridade de grau mínimo

Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de chumbo ao ar livre.

 

 

 

 

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Fósforo https://avatec.com.br/fosforo/ https://avatec.com.br/fosforo/#respond Thu, 16 Apr 2020 19:10:49 +0000 https://avatec.com.br/?p=10390  PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 97

O fósforo é um elemento sólido, altamente reativo e combustível, que não ocorre em estado livre na natureza, mas é encontrado combinado em vários compostos vegetais e animais, como também em formações rochosas de fosfato, como a apatita (fosfato de cálcio).

O fósforo existe em três formas alotrópicas: branco (ou amarelo), vermelho e preto. A forma vermelha é muito estável e a preta não tem valor industrial. O fósforo branco tem a propriedade de escurecer quando exposto à luz e de brilhar no escuro (fosforescente). Ele incendeia-se espontaneamente na presença de ar e produz uma chama azul, exalando um desagradável e característico odor.

USOS E EXPOSIÇÃO
A extração e a preparação do fósforo branco e de seus compostos expõem os trabalhadores a possíveis danos à saúde.

O fósforo branco é empregado na produção de raticidas, na fabricação de fogos de artifício e munições, na síntese química e na fabricação de agrotóxicos.

O ácido fosfórico (H3PO4) é empregado na síntese de detergentes e fertilizantes, no refinamento de açúcar, na fabricação da borracha (látex), de agentes controladores de chamas, e é encontrado na lama de perfuração em poços de petróleo, além de ser um componente de cimentos dentários. É aplicado para adicionar sabor a bebidas não-alcoólicas, no tratamento de água, como corante de algodão, em tijolos refratários, como aditivo para gasolina e como ligante na indústria da cerâmica.

O fosfeto de cálcio (Ca3P2) é utilizado em fogos de artifício, sinalizadores, na fabricação de torpedos e como raticida.

O pentóxido de fósforo (P2O5) é adicionado no asfalto no processo de aeração, para elevar o seu ponto de fusão, e é usado no desenvolvimento de vidros especiais aplicados em tubos a vácuo.

O tricloreto de fósforo (PCI3) é utilizado na indústria têxtil, como intermediário ou reagente na produção de vários produtos químicos industriais, como agrotóxicos organofosforados, surfactantes sintéticos, plastificantes e compostos para polimento da prata.

A fosfina (PH3) é empregada em sínteses orgânicas, como agente dopante em semicondutores e na fabricação de inseticidas.

O pentassulfeto de fósforo (P2S5) é empregado na produção de agrotóxicos (principalmente o Parathion e o Malathion).

Os compostos organofosforados são utilizados principalmente na fabricação de agrotóxicos, fertilizantes, na síntese de aditivos antifricção para lubrificantes em fluídos hidráulicos, como solventes para resinas naturais, como plastificantes para borracha, ésteres de poliestireno e poliacrílicos.

A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – 2017) estabelece o seguinte Limite de Exposição Ocupacional (TWA):

Fósforo (amarelo) (CAS: 12185-10-3)…………………………………..0,1 mg/m³

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS
“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

FÓSFORO
Insalubridade de grau máximo
Extração e preparação do fósforo branco e seus compostos.
Fabricação de defensivos fosforados e organofosforados.
Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco.

Insalubridade de grau médio
Emprego de defensivos organofosforados.
Fabricação de bronze fosforado.
Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de mineiros.

 

 

 

 

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Bagaço de Cana https://avatec.com.br/bagaco-de-cana/ https://avatec.com.br/bagaco-de-cana/#respond Thu, 16 Apr 2020 18:07:39 +0000 https://avatec.com.br/?p=10368 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 92

O efeito insalubre causado pela exposição a grandes quantidades de poeira de bagaço de cana nas usinas de beneficiamento é uma doença ocupacional denominada Bagaçose, que se desenvolve nos pulmões da pessoa exposta a partir da grande quantidade de esporos de fungos, de vários tipos diferentes, presentes nestas fibras. O principal agente aceito como causador da bagaçose é o fungo Thermophilico Acthomyceto. Trata-se de uma pneumonite de hipersensibilidade provocada por uma reação alérgica aos fungos. Por se tratar de uma reação alérgica, esta doença não se desenvolve em qualquer trabalhador exposto, pois depende da sensibilização do indivíduo ao alérgeno (agente causador da alergia). Em muitos casos, a sensibilização só ocorre depois de muito tempo de exposição repetida. Os expostos sensibilizados se sentem mal (tosse, dificuldade de respirar, febre, entre outros sintomas) algumas horas após a exposição, melhorando somente com a interrupção da exposição ao alérgeno. Normalmente, observa-se uma melhoria de sintomas nos fins de semana (que é quando o indivíduo fica afastado das atividades). As inflamações (sensibilizações) repetidas por muitos anos podem levar à lesões irreversíveis nos pulmões com redução da capacidade respiratória, chegando até à morte. Em vista disto, todos os trabalhadores expostos ao agente devem utilizar máscaras-filtro para fibras respiráveis, pois os fungos ficam alojados nas fibras respiráveis. Os indivíduos que já apresentaram algum nível de sensibilização aos alérgenos devem ser retirados de qualquer possibilidade de exposição. Sobre o adicional de insalubridade para este agente, a NR-15, em seu Anexo 13 (Operações Diversas) caracteriza como insalubre em grau médio as “Operações com bagaço de cana nas fases de grande exposição à poeira”.

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Carvão Mineral https://avatec.com.br/carvao-mineral/ https://avatec.com.br/carvao-mineral/#respond Wed, 08 Apr 2020 20:36:49 +0000 https://avatec.com.br/?p=10223 PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 69

A exposição a poeiras na extração do carvão mineral associa-se a danos ao sistema respiratório (pneumoconiose dos trabalhadores do carvão). Historicamente, a mineração do carvão foi o segmento industrial responsável pelo intenso desenvolvimento de pesquisas relacionadas às doenças ocupacionais respiratórias, uma vez que despertou um crescente interesse pela importância da ocupação em relação à morbidade e mortalidade respiratória.

A exposição a poeiras de carvão relaciona-se com a pneumoconiose dos trabalhadores de carvão-PTC, fibrose maciça progressiva – FMP, bronquite crônica – BC e enfisema pulmonar. Estas entidades podem ocorrer de forma isolada ou combinada, embora sejam raros os casos de FMP sem a presença de pequenas opacidades.

Algumas variáveis são importantes em relação aos riscos da exposição a poeiras na mineração de carvão. O carvão betuminoso, minerado na região Sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), origina uma menor massa de poeira respirável, quando comparado ao antracitoso. As concentrações de poeira respirável total e sílica livre cristalina determinam a probabilidade e o tipo de reação tecidual que ocorre. Nas minas brasileiras, diferentemente do que ocorre em outros países, há uma alta concentração de sílica, devido ao teor de contaminantes minerais existentes na rocha.

Concentrações de 7,5% ou mais de sílica cristalina na fração respirável são frequentes em certas funções de subsolo, como a furação de frente. Mesmo quando a concentração de sílica é inferior a 7,5%, o limite de tolerância pode ser ultrapassado em situações de exposição excessiva. Além disso, outros fatores como a suscetibilidade individual, têm seu papel na determinação do tipo de reação orgânica. Mineiros com tempo de exposição e funções semelhantes, muitas vezes, apresentam reações teciduais distintas.

ANTRACOSE

É uma doença profissional que atinge os trabalhadores que aspiram pó de hulha ou carvão-de-pedra, tanto os que operam nas galerias das minas quanto aos que atuam na superfície em britamento, lavação, beneficiamento e transporte do produto.

Todos esses trabalhadores são geneticamente chamados de “mineiros de carvão”.

ANTRACITO

O antracito é uma variedade compacta e dura do mineral carvão que possui elevado lustre. Difere do carvão betuminoso por conter pouco ou nenhum betume, o que faz com que arda com uma chama quase invisível. É o carvão mineral que apresenta o teor de carbono fixo mais alto (92% a 98%) e baixo conteúdo de substâncias voláteis. Os espécimes mais puros são compostos quase inteiramente por carbono. Possui alto poder calorífico.

BETUMINOSO

A hulha ou carvão betuminoso é um tipo de carvão mineral que contém betume, com percentagem elevada de carbono (85 a 90%).

A hulha observada ao microscópio, em lâmina fina, mostra-se constituída por detritos vegetais já bastante alterados e por uma matéria intersticial abundante e que preenche todos os espaços. Inflama-se à chama de uma vela, ardendo com menos fumos que o lenhito. Os componentes voláteis são abundantes nas hulhas gordas e escassas em hulhas magras. Conforme a sua riqueza em voláteis, libertam  por destilação gases combustíveis.

A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – 2017) estabelece o seguinte limite de exposição:

Carvão, poeiras (1995)

  • Antracito: 0,4 mg/m³
  • Betuminoso ou Lignito: 0,9 mg/m³

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

CARVÃO

Insalubridade de grau máximo

Trabalho permanente no subsolo em operações de corte, furação e desmonte, de carregamento no local de desmonte, em atividades de manobra, nos pontos de transferência de carga e de viradores.

Insalubridade de grau médio

Demais atividades permanentes no subsolo compreendendo serviços, tais como: de operações de locomotiva, condutores, engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas.

Insalubridade de grau mínimo

Atividades permanentes de superfície nas operações a seco, com britadores, peneiras, classificadores, carga e descarga de silos, de transportadores de correia e de teleférreos.

 

 

 

 

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Cádmio (Cd) https://avatec.com.br/cadmio-cd/ https://avatec.com.br/cadmio-cd/#respond Wed, 08 Apr 2020 20:30:34 +0000 https://avatec.com.br/?p=10219  PERÍCIAS TÉCNICAS

BOLETIM TÉCNICO – 68

O cádmio (CAS: 7440-43-9) é usado em eletrogalvanoplastia, em baterias de níquel/cádmio, como revestimento para outros metais em ligas de mancal, ligas de fusão baixa; e como hastes de controle em reatores nucleares. Os compostos de cádmio têm inúmeras aplicações, na tintura e estampagem de tecidos, como substância fosforescente em televisão, como corantes e esmaltes, e em semicondutores e células fotoelétricas.

PROPRIEDADES FÍSICAS

Metal branco azulado; maleável; densidade 8,64 a 20°C; ponto de fusão 321°C; temperatura de ebulição 767°C; pressão de vapor 0,095 torr a 321°C; pressão de vapor no estado sólido em temperatura ambiente produz 0,12 mg/m³ de Cd; solúvel em ácidos.

POSSÍVEIS RISCOS À SAÚDE

Há vários relatos de intoxicação e morte de seres humanos causadas pelo cádmio. Este elemento pode penetrar no corpo por inalação de seus pó e fumos ou pela ingestão. Os sintomas em seres humanos são náusea, vômito, diarréia, dor de cabeça, dores abdominais e musculares, salivação e choque. Além disso, a inalação de fumos e pó de cádmio pode provocar tosse, pressão torácica, angústia respiratória, congestão pulmonar e broncopneumonia. Uma exposição a cerca de 50 mg/m³ de seus fumos ou pó, por 30 minutos, pode ser letal para seres humanos. A DL50 para ratos está na faixa de 250 mg/m³.

O cádmio é um veneno que se acumula no fígado e rins. Assim, a intoxicação crônica provoca lesões nestes dois órgãos. É excretado lentamente. Estima-se que sua meia vidal biológica em seres humanos seja cerca de 20-30 anos. A presença de 200 µg/g de cádmio no rim pode lesar os túbulos proximais, tornando-os incapazes de reabsorver proteínas de moléculas pequenas como a ß2-microglobulina. O consumo de cigarros e uma dieta pobre em cálcio exacerba a toxicidade do cádmio. A absorção deste metal através do trato gastrintestinal é baixa. O cádmio é também conhecido por causar a doença de itai-itai, que é uma doença renal crônica, responsável por deformidades ósseas e mal funcionamento dos rins. O cádmio, como outros metais pesados, liga-se ao grupo sulfidrila (–SH) em enzimas, inibindo, assim, a atividade enzimática. A administração intramuscular do cádmio causou tumores nos pulmões e sangue de ratos. Há evidência suficiente de sua carcinogenicidade em animais.

A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – 2017) estabelece o seguinte limite de exposição:

  • Cádmio: 0,01 mg/m³
  • Compostos, como Cd (1990): 0,002 mg/m³

A Portaria nº 3.214/78 do MTE, em sua NR-15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES, anexo nº 13, assim registra:

AGENTES QUÍMICOS

“1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

OPERAÇÕES DIVERSAS

Insalubridade de grau máximo

Operações com cádmio e seus compostos: extração, tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio, utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em revestimentos metálicos, e outros produtos.

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